quarta-feira, 17 de abril de 2013

Insultos de cineasta para cineasta



Ao longo dos anos, vários cineastas famosos e importantes fizeram e críticas a colegas de profissão. Entre os mais famosos insultos estão alguns dos maiores nomes da história do cinema, tanto entre os críticos como entre os insultados. Confira alguns desses comentários:


François Truffaut sobre Michelangelo Antonioni:
“Antonioni é o único diretor importante sobre o qual não tenho nada bom para dizer. Ele me entedia; é tão solene e sem graça.”

Ingmar Bergman sobre Michelangelo Antonioni:
“Fellini, Kurosawa e Buñuel movem-se no mesmo campo tal como Tarkovsky. Antonioni estava a caminho, mas expirou sufocado por seu próprio tédio.”

Ingmar Bergman sobre Orson Welles:
 “Para mim ele é simplesmente uma fraude. É vazio. Não é interessante. É estéril. ‘Cidadão Kane’, do qual tenho uma cópia – é o preferido de todos os críticos, sempre no topo de todas as enquetes realizadas, mas eu o acho totalmente enfadonho. Antes de mais nada, as atuações são ruins. A soma de respeito que o filme angariou é absolutamente inacreditável.”

Ingmar Bergman sobre Jean-Luc Godard:
“Eu nunca consegui extrair nada de seus filmes. Eles são mal construídos, uma falsificação intelectual, e completamente inúteis. Cinematograficamente desinteressantes e infinitamente aborrecidos. Godard é um chato. Ele tem feito filmes para os críticos. Um dos filmes, ‘Masculino-Feminino’, foi filmado aqui na Suécia. Era exageradamente tedioso.”

Orson Welles sobre Jean-Luc Godard:
“Seus dons como diretor são imensos. Eu apenas não posso levá-lo muito a sério como pensador – e é aí que nós parecemos nos divergir, porque ele se leva a sério. Sua mensagem é o que o preocupa atualmente, e, como a maioria das mensagens em filmes, poderia ser escrita na cabeça de um alfinete.”

Werner Herzog sobre Jean-Luc Godard:
“Alguém como Godard é para mim uma fraude intelectual quando comparado a um bom filme de kung-fu.”

Jean-Luc Godard sobre Quentin Tarantino:
“Tarantino deu à sua produtora o nome de um dos meus filmes. Ele teria feito melhor dando-me algum dinheiro.”

Harmony Korine sobre Quentin Tarantino:
“Quentin Tarantino parece se preocupar demais com os filmes dos outros. Quero dizer, com a apropriação dos filmes dos outros, como num liquidificador. Eu acho que é, tipo, muito divertido na hora em que estou vendo, mas depois, sei não, há um vazio ali. Algumas das referências são simplistas, apenas cultura pop”.

Spike Lee sobre Quentin Tarantino:
“Eu não sou contra a palavra [negro], e eu a uso, mas não excessivamente. E algumas pessoas falam dessa maneira. Mas Quentin é obcecado com essa palavra. O que ele quer que se faça – um negro honorário?”

Clint Eastwood sobre Spike Lee:
“Um cara como ele devia calar a boca.”

Jacques Rivette sobre Stanley Kubrick:
“Kubrick é uma máquina, um mutante, um marciano. Ele não tem qualquer sentimento humano. Mas é ótimo quando a máquina filma outras máquinas, como em ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’.”

Jacques Rivette sobre James Cameron e Steven Spielberg:
“Cameron não é nocivo, não é um idiota como [Steven] Spielberg. Ele quer ser o novo [Cecil B.] DeMille. Infelizmente, ele não consegue sair de um saco de papel.”

Jean-Luc Godard sobre Steven Spielberg:
“Eu não o conheço pessoalmente. Não acho que seus filmes são muito bons.”

Alex Cox sobre Steven Spielberg:
“Spielberg não é um cineasta, é um confeiteiro.”

Tim Burton sobre Kevin Smith (depois que Smith acusou Burton de roubar o final de ‘O Planeta dos Macacos’ de uma história em quadrinhos sua):
“Quem me conhece sabe que eu nunca leria uma história em quadrinhos. E eu especialmente jamais leria qualquer coisa criada por Kevin Smith.”

Kevin Smith sobre Tim Burton (em resposta ao comentário anterior):
“O que, para mim, justifica aquela droga de ‘Batman’.”

Kevin Smith sobre Paul Thomas Anderson (especialmente o filme ‘Magnolia’):
“Eu nunca vou revê-lo, mas vou conservá-lo comigo. Vou deixá-lo exatamente sobre a minha mesa, como um lembrete permanente de que a empáfia é a qualidade mais desinteressante de uma pessoa ou de seu trabalho.”

Vincent Gallo sobre Spike Jonze:
“Ele é a maior fraude por aí. Se você levá-lo a uma festa, ele vai ser a pessoa menos interessante na festa, a pessoa que não sabe nada. Ele não diz nada engraçado, interessante, inteligente. Ele é um pedaço de merda de porco.”

Vincent Gallo sobre Martin Scorsese:
“Eu não trabalharia para Martin Scorsese nem por 10 milhões de dólares. Ele não fez um bom filme em 25 anos. Eu nunca trabalharia com um egomaníaco que já era.”

Vincent Gallo sobre Sofia e Francis Ford Coppola:
“Sofia Coppola gosta de qualquer sujeito que tem o que ela quer. Se ela quer ser fotógrafa, ela vai transar com um fotógrafo. Se ela quer ser cineasta, ela vai transar com um cineasta. Ela é uma parasita tal como era o porco do seu pai.”

Werner Herzog sobre Abel Ferrara:
“Eu não faço ideia de quem seja Abel Ferrara. Mas deixe-o lutar contra os moinhos de vendo… Nunca vi um filme dele. Não faço ideia de quem ele seja. Ele é italiano? É francês? Quem é ele?”

David Cronenberg sobre M. Night Shymalan:
“Eu odeio aquele cara! A próxima pergunta.”

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Relançamento de filmes em 3D

Não bastasse o monte de remakes, reboots, sequência, prelúdios e cópias que são lançados atualmente nos cinemas, agora também temos os filmes que já saíram de cartaz a anos voltando em 3D. Como a maioria dos filmes novos lançados em 3D são apenas convertidos para esse formato, e não filmados com câmeras para 3D (o que diminui muito os custos, e mais ainda a qualidade), usar essa mesma ideia com filmes que já foram feitos parece ainda mais barato. O Custo para se converter em filme 2D para 3D gira em torno dos 10 á 15 milhões de dólares. O que é praticamente nada comparado com o retorno financeiro que veremos mais adiante.

Poucos filmes foram filmados usando Câmeras com tecnologia para o 3D (câmeras estas que são mais caras, maiores e mais pesadas, porem deixam a qualidade muito melhor). São os casos de filmes como Avatar, A Invenção de Hugo Cabret e O Hobbit (este último estreia no fim do ano). Apenas converter um filme significa claramente querer ganhar dinheiro gastando pouco, não se preocupando com a qualidade final (o ingresso para assistir filmes em 3D é sempre mais caro). Nos filmes novos o lucro do lançamento em 3D chega a 20% da bilheteria total, o que é muito considerando que são bilheterias milionárias.

Voltando aos relançamentos, vejamos as bilheterias dos filmes que já voltaram em 3D para os cinemas:


Bilheteria de filmes relançados em 3D

(não considerando a bilheteria do lançamento original)


Titanic – U$ 213 milhões (Ainda em cartaz)

O Rei Leão – U$ 172 milhões

Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma – U$ 101 milhões

A Bela e a Fera – U$ 53 milhões


Com tanto lucro fácil, outros filmes já foram confirmados para retornar em 3D. São os casos de todos da saga Star Wars, Parque dos dinossauros, Top Gun, Procurando Nemo, A pequena Sereia e Monstros S.A.

Eu particularmente defendo que a ideia do 3D é ótima para o cinema, pois possibilita aos expectadores uma nova experiência. Mas defendo apenas filmes filmados em 3D, que usam deste recurso para aumentar a qualidade, e não de filmes convertidos (ampla maioria) feitos para ganhar dinheiro. No caso dos relançamentos, muitos deles eu iria assistir no cinema mesmo que fossem em 2D, apenas por não ter tido a oportunidade de vê-los quando foram lançados. Alias eu até preferia que voltassem em 2D, pois eu não me sentiria enganado pagando mais caro pelo ingresso de um filme em que normalmente a única coisa de fato em 3D é a legenda.


Fonte para as bilheterias: Box Office Mojo